terça-feira, 17 de novembro de 2009

Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital Brasileira


Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital Brasileira

publicado por Cicero Inacio da Silva

Original: http://www.cicerosilva.com/?p=167

É essa semana em São Paulo e ao vivo via streaming no site do www.culturadigital.br .

PROGRAMAÇÃO:

18/11 – 4ª feira
9h/17h
Credenciamento/ inscrição

13h/14h
Intervenção artística – tendas do hall

14h/17h
Plenária de Memória – Sala Petrobrás

Seminário de Infraestrutura – Sala BNDES
Palestrantes:
. José Luiz Ribeiro Filho (Diretor de Serviços e Soluções da RNP)
. Sérgio Amadeu da Silveira (Sociólogo e professor da Faculdade Casper Libero)
. Franklin Coelho (Universidade Federal Fluminense e Projeto Piraí Digital)
. Antônio Carlos dos Santos Silva, o TC (Casa de Cultura Tainã)
. Gabriel Laender (Coord. Técnico do Seminário ‘Alternativas para a Banda Larga’ – SAE/PR)
Moderador: Diogo Moyses (Curador do eixo infraestrutura do Fórum da Cultura Digital Brasileira)

Ações auto-gestionadas – tendas do hall

19h/21h
Ato Inaugural e coquetel

19/11 – 5ª feira

9h/17h
Credenciamento/ inscrição

9h/12h
Plenária de Comunicação – Sala Petrobrás

Seminário de Memória – Sala BNDES
Palestrantes:
. Angela Bettencourt (Fundação Biblioteca Nacional)
. Pedro Puntoni ou Edson Gomi (Brasiliana – projeto de acervo digital da USP)
. Dalton Martins (Coordenador de tecnologia social do Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária Weblab)
. Geber Ramalho (Games, interfaces e acervos – UFPE)
. Jomar Silva (Padrões e protocolos – ODF Alliance)
Moderador: José Murilo Jr. (Gerente de Cultura Digital do Ministério da Cultura)

Ações auto gestionadas – tendas do hall

13h/14h
Intervenção artística – tendas do hall

14h/17h
Plenária de Economia da Cultura Digital – Sala Petrobrás

Seminário de Arte – Sala BNDES

Palestrantes:
. Patrícia Canetti (Artista digital, criadora do Canal Contemporâneo)
. Giselle Beiguelman (PUC-SP e Diretora Artística do Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia)
. Pau Alsina (pesquisador da Universidade Aberta da Catalunha e do IN3, na Espanha)
. Laymert Garcia dos Santos (Sociólogo da UNICAMP)
. André Vallias (Poeta e produtor de mídia interativa)
Moderador: Cicero Inácio da Silva (curador de arte digital do Fórum da Cultura Digital Brasileira)

Ações auto gestionadas – tendas do hall

a partir das 18h
Ação musical/ cinema – lona de circo externa

20/11 – 6ª feira

9h/17h
Credenciamento/ inscrição

9h/12h
Plenária de Infraestrutura – Sala Petrobrás

Seminário de Comunicação – Sala BNDES
Palestrantes:
. Jean Burgess (pesquisadora da Universidade de Queensland, na Austrália, e co-autora do livro “Youtube a Revolução Digital)
. Ivana Bentes (professora da UFRJ)
. Alex Primo (professor da UFRGS)
. Anápuaká Muniz (Web Brasil Indígena)
. Jamie King (produtor de ‘Steal This Film’ e criador da vodo.net)
Moderador: André Deak (curador do eixo comunicação do Fórum da Cultura Digital Brasileira)

Ações auto gestionadas – tendas do hall

13h/14h
Intervenção artística – tendas do hall

14h/17h
Plenária de Arte – Sala Petrobrás

Seminário de Economia da Cultura Digital – Sala BNDES
Palestrantes:
. Daniel Granados (Producciones Doradas)
. Pablo Capilé (Circuito Fora do Eixo)
. Ladislaw Dowbor (Economista e professor da PUC-SP)
. Ronaldo Lemos (Professor de direito da FGV-Rio)
. Juliana Nolasco (Coordenação de Economia da Cultura – MinC)
Moderador: Oona Castro (curadora do eixo economia do Fórum da Cultura Digital Brasileira)

Ações auto gestionadas – tendas do hall

a partir das 21h
Ação musical – lona de circo externa

21/11 – Sábado

9h/17h
Credenciamento/ inscrição

9h/12h
Transmissão da sala BNDES na Sala Petrobrás

Contexto Internacional da Cultura Digital – Sala BNDES
Palestrantes:
. Raquel Rennó (pesquisadora de arte digital e integrante da Associaçao Cultural de Projetos em Cultura Digital ZZZinc, de Barcelona e do International Center for Info Ethics, da Alemanha)
. David Sasaki (diretor do Rising Voices)
. Ivo Corrêa (Responsável pelas políticas públicas e governamentais da Google Brasil)
. Alfredo Manevy (Secretário executivo do Ministério da Cultura)
. Amelia Andersdotter (membro do Partido Pirata Sueco)
Moderador: Álvaro Malaguti (gerente de projetos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa- RNP)

Transmissão da sala BNDES nas tendas do hall

12h/14h
Encerramento

14h/17h
Cerimônia de encerramento – Sala BNDES
Entrega do resultado do trabalho realizado ao Ministro da Cultura, Juca Ferreira
Atividades culturais – lona de circo externa

http://culturadigital.br/blog/2009/11/09/programacao-do-seminario-internacional-do-forum-da-cultura-digital/

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A GRUTA: Filme interativo no Festival do Rio

A GRUTA
um filme-jogo onde o destino da trama depende de você:

cada espectador que for à sala de cinema receberá uma espécie de controle remoto, com o qual participará do suspense em 30 momentos da trama.

SEX (2/10) 16:45 Espaço de Cinema 2 [EC245]
SEX (2/10) 23:00 Espaço de Cinema 2 [EC248]

A GRUTA (A Gruta)
de Filipe Gontijo. Com . Brasil, 2008. 60min.
O jovem casal Luisa e Tomás decide passar uns dias na fazenda da família dela, onde mora o caseiro Tião. Quando encontram um filhote de porco na gruta do terreno, a tranquilidade se aproxima do fim. Um deles passa a apresentar comportamentos estranhos, e Tião acredita que estão possuídos por demônios. Aos poucos, desconfiam que a resposta pode estar nas sombras da gruta. Filme interativo, no qual o espectador, através de um controle, participa da história, alterando seu desdobramento. A Gruta pode durar de 5 a 45 minutos, de acordo com as escolhas do público.
Midnight (VO) - 16 anos

“Fui pesquisando e descobri essa tecnologia no Rio de Janeiro. Chama-se powervote. Os controles são pequenos, com botões contendo números de 1 a 10. Geralmente, ele é usado em seminários e palestras. Como estávamos querendo um sistema diferenciado para apresentar o filme no festival, já que temos a oportunidade de alcançar um público maior, achei que esse era o formato ideal”, lembra o diretor Felipe Gontijo.

A fita conta a história dos jovens Luísa (Poliana Pieratti, de Nada Consta) e Tomás (Carlos Henrique, de O Último Raio de Sol). Certo dia, os dois decidem passear na fazenda da família da moça. Por lá, vive o caseiro Tião (André Deca). O sossego procurado pelo casal é quebrado quando eles vêem um filhote de porco na gruta e coisas estranhas acontecem com eles no local. Para a seleção do elenco, foram feitos vários testes. Queríamos um par jovem e surgiram muitos atores que não se encaixaram”, conta o diretor. O porquinho que “interpreta” Dadinho foi treinado por Filipe durante três meses.

A interação do público com A Gruta funciona da seguinte maneira: logo de início, o espectador tem a oportunidade de escolher sobre qual perspectiva assistirá ao filme, que, dependendo da escolha, pode durar de cinco a 40 minutos. Pode-se optar pela visão de Tomás ou de Luísa. No meio do filme, o espectador também pode decidir trocar de personagem. O filme tem 11 finais diferentes e vários entroncamentos que levam sempre à gruta.

Filipe, autor do roteiro, buscou inspiração na literatura para criar os personagens de A gruta: Tomás, por exemplo, foi baseado no conto As Armas Secretas, do argentino Julio Cortazar. Já Luísa se inspirou no famoso poema O Corvo, de Edgar Allan Poe. Para criar o caseiro sinistro vivido por Deca, no entanto, ele recorreu a uma história real. Gontijo montou a trama de Tião lembrando caso que chocou Brasília em 2004, quando um empregado assassinou os patrões em Ceilândia.

Para filmar A Gruta, equipe técnica e atores foram para a Gruta da Lapa, a 70km de Brasília.


Filipe Gontijo nasceu em 1980, em Brasília. Estudou publicidade na Universidade de Brasília de 2000 a 2005. Em 2006, seu curta-metragem A Volta do Candango conquistou o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Brasília. É um dos fundadores da TV Universitária de Brasília e trabalha como roteirista e diretor de videoclipes e comerciais.

http://www.filme-jogo.com/

terça-feira, 29 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

DEBATE: ARTE DIGITAL DIA 2/10 ÀS 19h30 NO MAMM

Debate sobre Arte Digital em Juiz de Fora

publicado por Cicero Inacio da Silva

DEBATE PÚBLICO, GRATUITO E ABERTO SOBRE ARTE DIGITAL

A curadoria de Arte Digital do Fórum da Cultura Digital Brasileira, uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) convida para o debate sobre Formação, Produção, Difusão e Inserção da Arte Digital na cultura brasileira com a participação de curadores, artistas, educadores e pesquisadores da área no país. A proposta do debate é refletir sobre as necessidades do campo e apresentar soluções para os problemas que serão apontados no encontro.

As questões a serem debatidas no seminário são:

- delimitação do campo: o que é arte digital?
- diagnósticos: quais são os problemas? quais as perguntas que precisamos fazer?
- formulações e propostas: quais políticas públicas devem existir? que ações este grupo deveria tomar? quais pressões deveríamos fazer?

A intenção final desse encontro e do Fórum como um todo é formular um documento listando e propondo ao MinC uma política cultural para a área de Arte Digital.

PROGRAMA

19h30 Abertura com Cicero Inacio da Silva (Curador de Arte Digital no Fórum da Cultura Digital Brasileira)

19h50 Videoconferência sobre o Fórum da Cultura Digital Brasileira com Rodrigo Savazoni (Coordenação Executiva do Fórum da Cultura Digital Brasileira) e André Deak (Curador de Comunicação do Fórum da Cultura Digital Brasileira).

20h30 Debate sobre arte digital e comunicação com Alfredo Suppia, professor do Mestrado em Comunicação, FACOM, UFJF) e Francisco Paoliello Pimenta (Coordenador do Programa de Pós-graduação em Comunicação, FACOM, UFJF)

DATA: 02/10/2009

LOCAL: Museu de Arte Moderna Murilo Mendes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

HORÁRIO: 19h30 às 22 horas

Apoio:

rodape-logo

Universidade Federal de Juiz de Fora

Ausência nos próximos dias

Gostaria de marcar uma reunião para esta quarta, dia 30/10, mas infelizmente não vou poder por conta de uma apresentação de TCC da pós da FACOM. Semana que vem estarei na SOCINE, portanto teremos de adiar por um tempo nosso encontro. A partir do dia 19/10 volto a tentar agendar uma reunião.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Posthuman Tantra no Museu HR Giger


a recente viagem do Posthuman Tantra à Europa, a one-man-band esteve na sede da gravadora "Legatus Records" na Suíça, onde conferiu a primeira parte do trabalho de masterização do novo álbum "Transhuman Reconnection Ecstasy".
A convite de Kale ( TransZendenZ band & Legatus Records / Suíça) e Stefan Batz (Kshatryas Prods / Alemanha) o Posthuman Tantra visitou a vila medieval de Gruyère, local do renomado Museu H.R.Giger e de um dos bares com design de Giger (Mestre do surrealismo Suíço, criador do design do monstro Alien, pelo qual recebeu um Oscar). No local a banda aproveitou para fazer uma sessão de fotos, para ver algumas delas visite o link no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=14096181635532050182&aid=1200125596
Ou no Myspace da Banda:
http://viewmorepics.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewPicture&friendID=130313545&albumId=2593372
___________________________________________
Prof. Dr. Edgar Silveira Franco
Ph.D. in Arts & Multimedia Artist
FAV- UFG (Federal University of Goiás)
Phone (voice): +55 62 3268 3879
Brazil.
www.posthumantantra.legatusrecords.net
www.myspace.com/posthumantantras
www.fotolog.net/edgar_franco
www.ritualart.net

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Alfredo Suppia novo colunista do CRONÓPIOS

Agora eu sou colunista do Portal Cronópios (Literatura e Arte): http://www.cronopios.com.br/site/default.asp. Vou escrever regularmente sobre ficção científica nas Artes (especialmente Cinema).

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

The 100 Greatest Sci-Fi Movies (Total Sci-Fi Online: http://totalscifionline.com/features/3809-the-100-greatest-sci-fi-movies)

Posted on Monday 03 August 2009
The 100 Greatest Sci-Fi Movies

The movies on this list are a good indicator of just how diverse the science fiction genre is. From the epic philosophical ideas of 2001: A Space Odyssey and Solaris to the joyful space opera of Star Wars and Flash Gordon, the films here are linked by their ability to explore time and space with imagination, flair and audacity.

This list is the result of heated debate/scuffles between the frazzled writers of Total Sci-Fi. In addition to settling on the titles themselves, we also had to set the limits of what counts as a ‘sci-fi film’: we decided that superhero movies were out as that’s a distinct genre all of its own, but comedies like Sleeper and Galaxy Quest possess enough genuine science fiction concepts to warrant inclusion. So here, then, is our list of the 100 Greatest Sci-Fi Movies. And as always you can drop us a line at totalscifionline@titanemail.com to let us know what you think should have made the cut and what shouldn’t…

1) Blade Runner (1982)
Like many of the movies on this list, Blade Runner was not a critical or commercial success on its initial release. Some critics at the time simply dismissed it as style over substance. Yet, along with its unforgettable depiction of a neon-lit LA that is essentially a mash-up of Western and Eastern cultures, Ridley Scott’s film is backed up by a real sense of sadness, fear and longing, and an often overlooked wry humour. As Deckard, Harrison Ford proved he could pull off a much darker hero than Han Solo, and Rutger Hauer gave the performance of his career as the psychotic, feral and ultimately tragic Roy Batty. A masterpiece.

2) 2001: A Space Odyssey (1968)
Stanley Kubrick’s grand, mind-bending trip into the unknown is science fiction of grand ideas. At times the film is as enigmatic as the universe itself, and Kubrick works in everything from human evolution to the perils of technology, and unlike many later spectacle-driven genre films, there is a real depth behind the groundbreaking special effects. Complex, strangely unsettling and magnificent.

3) Star Wars (1977)
Iconic, spectacular, groundbreaking, epic in both scope and ambition - if you haven’t seen Star Wars then, well, you’re probably not interested in reading a list about SF movies. While it might not convey the big science fiction ideas of other movies on this list, Star Wars works because it is pure, escapist fun and because it successfully builds a believable, cohesive galaxy that we are still exploring to this day.

4) Alien (1979)
On paper the plot sounds simple stuff: the crew of a spaceship are stalked by a relentless monster. Yet this is anything but a simple movie. It’s been much analysed by theorists for its portrayal of femininity (both in the strong heroine of Ripley and the film’s sexual imagery), while all of the crew members are complex and believable creations. And, of course, it’s incredibly frightening: the unveiling of Ash’s true identity is almost as scary as the xenomorph itself.

5) Metropolis (1927)
Over 80 years since it was originally released, Metropolis retains its power to awe. Fritz Lang creates a dazzling (and much-aped) vision of an industrial dystopia, but after its 1927 premiere the film only existed in a heavily edited version until it enjoyed a full reconstruction in 2002.

6) The Day the Earth Stood Still (1951)
The definitive 1950s SF flick holds an obvious warning about the increasing brinkmanship between the USA and USSR, but the story of alien fugitive Klaatu actually unfolds in a calm and surprisingly realistic manner. The special effects, including the flying saucer and robot companion Gort, are a lot more convincing than in the 2008 CG-heavy remake.

7) The Terminator (1984)
James Cameron works wonders on a minuscule budget in this tense and incredibly efficient thriller. The tantalising glimpses of the future war are more frightening than those seen in the recent big budget Terminator: Salvation, and Brad Fiedel provides one of the most memorable movie theme tunes of all time. And though he may not have troubled the Oscars, Schwarzenegger’s lack of emotional range is perfectly suited to the relentless killing machine.

8) Planet of the Apes (1968)
A dramatic crash landing and a shrieking shrivelled corpse signal the start of this intelligent allegory, made at the height of the cold war. Its ending is one of the most iconic moments in cinema, bringing to a close the first chapter of the first major science fiction franchise.

9) E.T. (1982)

E.T. is warm-hearted without descending into mawkishness. In part this is down to natural performances from Henry Thomas and Drew Barrymore as the children who treat their alien visitor with respect and kindness – in contrast to most of the adults in the picture. In fact E.T. becomes kind of frightening in the second half with the doctors flocking around the little fellow and suits waving guns around (or rather less threatening walkie-talkies if you’re watching Spielberg’s revised version).

10) Solaris (1972)
Andrei Tarkovsky’s existential SF drama is often described as the Russian 2001 – but it’s much more than that. It’s a hypnotic, minimalist masterpiece, though these days it has as many detractors as fans. Steven Soderbergh directed a surprisingly successful remake in 2002.

11) Close Encounters of the Third Kind (1977)
Cerebral narrative and whimsical fantasy are not always comfortable bedfellows, but Steven Spielberg’s 1977 classic handles both with ease. Whether it’s the restrained original or the unnecessary special edition, Close Encounters is a thoughtful tale that is as much inspiring as it is life affirming.

12) Forbidden Planet (1956)
It’s The Tempest in space! And it’s still brilliant! One of the most colourful, charming SF films ever made, FP’s highlights include the benign Robbie the Robot and the bloodcurdling invisible Id monster…

13) The Empire Strikes Back (1980)
Sequels don’t get any better than this. Opening with the Hoth battle and concluding with Darth Vader’s dramatic revelation to Luke, The Empire Strikes Back is constructed of scenes awash with imagination. The film also saw real emotional development for its leads and some great new characters like Lando and Boba Fett.

14) A Trip to the Moon (1902)
Georges Méliès’s 14-minute wonder astonished audiences at the turn of the 20th Century – and still does today. Méliès was one of the founding fathers of cinema, and this early narrative movie contains pioneering special effects and editing techniques. The Smashing Pumpkins’ video Tonight Tonight was inspired by the film.

15) Aliens (1986)
James Cameron cleverly eschewed aping the original, and instead upped the alien quotient and delivered one of the most purely exciting films ever made. But this is no brainless actioner. Cameron waits almost an hour before the acid-blooded xenomorphs make an appearance, while the film transformed Ripley into a bona fide iconic action heroine. There’s also a memorable selection of supporting characters (Hicks, Hudson, Newt, Vasquez) and instantly quotable dialogue (“game over man!”).

16) Silent Running (1972)
‘Eco-themed sci-fi’ isn’t the most exciting phrase in the world, but Douglas Trumball’s masterpiece isn’t An Inconvenient Truth in space. It’s a distillation of early 1970s ideals, with a moving, subtle performance from a youthful Bruce Dern. And with Trumball in the director’s chair, it’s no surprise that that the effects are terrific.

17) Brazil (1985)
Terry Gilliam’s best movie was a flop on its initial US release, but is now recognised as a SF masterpiece. A dystopian thriller with a large dose of Python-esque humour, Brazil remains a true one off.

18) Akira (1988)
Akira was instrumental in the explosion of interest in anime and manga in the English-speaking world, and influenced pretty much every SF anime movie that followed. It’s difficult to follow at times, but the film remains a dizzying achievement.

19) Star Trek II: The Wrath of Khan (1982)
The best Trek movie by miles, this is an edgy, exciting and often very funny movie that feels much more than an extended TV episode. The makers even had the guts to kill Spock! OK, so they did bring him back in the next one…

20) Total Recall (1990)
Based (very) loosely on Philip K Dick’s short story We Can Remember It For You Wholesale, Total Recall has both brains and brawn. When Arnie discovers that his memories are fake, he heads to Mars to find the truth. Cue foul-mouthed robot taxi drivers, ultra-violence and a three-breasted woman.

21) The Matrix (1999)
The Wachowski Brothers’ movie had it all: groundbreaking ‘flo-mo’ battles, ice cool characters, nods to spaghetti westerns and a large dose of cod philosophy, in an innovative, much-loved actioner. Even the lame sequels can’t detract from the film’s ingenuity.

22) Tron (1982)
Tron was ignored for many years, but is now widely accepted as a genre landmark, combining stunning – and unique – computer graphics in an effectively simple story of programmers battling inside an electronic world. The long-awaited sequel, Tron Legacy, is expected in 2010.

23) The Thing (1982)
A much-improved remake of 1950s quickie The Thing From Another World, John Carpenter’s best movie is an unbearably tense story of a shape-shifting alien at an Antarctic research station. A tight and astonishingly bleak chiller, The Thing boasts well-drawn characters and sick, sick effects from Rob Bottin.

24) RoboCop (1987)
Part man, part machine, all cop! Paul Verhoeven’s ultra-violent satire is lean, mean and often very funny, and benefits from great playing from the likes of Kurtwood Smith, Ronny Cox, Nancy Allen and, of course, Peter Weller as Murphy.

25) Jurassic Park (1993)
It was as if Spielberg had rediscovered what he loved about cinema in the first place after years of ‘serious’ Oscar-chasing movies. The magic mix of photo-realistic dinosaurs, a thrilling adventure story and a group of protagonists you could actually care about made for a movie that really seemed to be 65 million years in the making!

26) Invasion of the Body Snatchers (1978)
If the 1950s version of Jack Finney’s novel was a neat distillation of 1950s Commie paranoia (see No. 56), the 1970s remake was fuelled by post-Watergate paranoia. The result is entirely gripping and arguably better than the original.

27) A Clockwork Orange (1971)
Anthony Burgess’s novel may have seemed unfilmmable, but then Kubrick was always the kind of director who could pull off the impossible. Kubrick retains Burgess’s satirical bite in a chilling and darkly funny vision of the future, while a superb Malcolm McDowell makes the Droog leader, Alex, simultaneously repellent and likeable.

28) The Fifth Element (1997)
Luc Besson eschewed the traditionally dark predictions of the far future in favour of eyepoppingly colourful cityscapes and elaborate Gaultier-designed costumes. Forget the plot, and soak up the visuals and excess.

29) La Jetée (1962)
This 28-minute masterwork from documentary filmmaker Chris Marker tells of a man sent back through time to avert the apocalypse. A bold, disorientating and unforgettable experience, the film is told entirely through a series of still photos, and was remade by Terry Gilliam as Twelve Monkeys (see No. 83).

30) Sleeper (1973)
“We're here to see the nose. I hear it was running…” The best of Woody Allen’s ‘early funny ones’, Sleeper takes a classic SF concept (Allen’s typically neurotic Miles Monroe wakes up 200 years in an authoritarian future) and delivers slapstick and gags with machine-gun accuracy. Who hasn’t wished that the Orgasmatron booth was real?

31) The Fly (1986)
David Cronenberg’s best film is a deliriously gory remake of the hokey 50s movie about a scientist (a superb Jeff Goldblum) whose genes get mangled with the DNA of a fly. Cue crumbling body parts and a bone-breaking arm wrestle.

32) Terminator 2: Judgement Day (1991)
Proving that science fiction can present thoughtful, bold concepts alongside explosions, robots comprised of liquid and a wisecracking kid, T2 is James Cameron at his excessive best. Arnold Schwarzenegger plays to his strengths as the muscle-bound machine, while Linda Hamilton toughens up as Axl Rose lookalike Sarah Connor.

33) Westworld (1973)
Before The Terminator and Jurassic Park there was Westworld! Michael Crichton’s film moves smoothly from playful fun to nailbiting thriller as Yul Brynner’s robotic gunslinger stalks theme park customers.

34) Mad Max 2 (aka The Road Warrior) (1981)
If the original was raw, energetic and brutal, the sequel took things to a whole new level as Max helps a community defend itself from crazed punks. Highlight: the boomerang sequence.

35) Return of the Jedi (1983)
OK, so the Ewoks and abrupt death of Boba Fett continue to divide opinion, but ROTJ contains more memorable sequences than most movies could dream of: Luke’s battle against the Rancor monster; the Sarlacc’s pit; the speeder bike chase and a fitting conclusion.

36) Back to the Future (1985)
The much-loved sci-fi comedy sees Michael J Fox at his baffled-looking best, and he bounces perfectly off Christopher Lloyd’s wild-haired Doc Brown. Plus there’s the iconic De Lorean, charming supporting playing (Crispin Glover, Lea Thompson, Thomas F Wilson) and crowdpleasing scenes like Marty inventing rock n roll. Followed by two enjoyable sequels.

37) WALL-E (2008)
Arguably Pixar’s finest achievement to date, the first half of WALL-E contains a surprisingly haunting vision of the future – one of atomic storms, trash towers and rubble-strewn cities. Of course, it’s not all doom and gloom, and the film features loveable characters, a touching love story and a hilarious depiction of a porcine human race.

38) The Fantastic Planet (1973)
Cult French director René Laloux was responsible for a handful of surreal animated masterpieces, including Gandahar and The Time Masters, but his most celebrated work remains this weird and wonderful depiction of an alien world in which humans are kept as domestic pets.

39) The Man Who Fell to Earth (1976)
What’s it about? Who knows! David Bowie takes time out from being weird on stage to be odd on film in this surreal Nic Roeg movie. Look out for a cameo appearance by Apollo 13’s Jim Lovell looking just as bemused as the audience. We were hoping to avoid calling it a space oddity, but annoyingly that’s exactly what it is.

40) Things to Come (1936)
A big budget treatment of HG Wells's future history of Everytown, from 1940 to 2036, Things to Come has barely dated. The effects, from the air raid sequences to the vision of a future society, are still awe-inspiring, but the political and prescient script keeps things grounded in reality.

41) 20 Million Miles to Earth (1957)
A reptilian monster from Venus, dubbed the ‘Ymir’, goes on the rampage in one of the best creature features. The film contains some of Ray Harryhausen’s best stop-motion work, and even its faults (stilted acting, nonsense science, comedy Italian accents) have become endearing over time.

42) The Abyss (1989)
James Cameron again pushed the boundaries of CGI with the still-impressive water-alien sequence, but away from the effects, the movie is an ambitious and brilliantly claustrophobic drama about the crew of an undersea oil rig. The Special Edition improved upon the fumbled ending.

43) Quatermass 2 (1957)
Based on the TV serial of the same name, the second Quatermass movie is a full-on conspiracy thriller, as aliens infiltrate the government. A classic invasion tale, it’s an exciting adventure, briskly paced even by today’s breakneck standards.

44) This Island Earth (1955)
Admittedly, ‘Exeter’ isn’t the most exotic name for an alien. But we’ll overlook that as This Island Earth is such damn good fun. This slice of pulp fiction contains some of the best effects of the period, along with groundbreaking use of Technicolor and an awesome crab-handed mutant.

45) Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)
From the incomparable mind of Charlie Kaufman came this SF twist on the romantic comedy. A restrained Jim Carrey and a kooky Kate Winslet are the ex-lovers who have their minds wiped to forget about each other – but then fall in love all over again. Despite the outlandish conceit, this is a strangely honest movie about love and heartbreak.

46) Delicatessen (1991)
A post-apocalyptic cannibal comedy about a former circus clown… Describing Delicatessen doesn’t do it justice. Directing duo Marc Caro and Jean-Pierre Jeunet take a potentially bleak subject matter and construct a rapid-paced romantic comedy with old school slapstick, truly odd characters and visuals to die for.

47) Dark Star (1974)
Before Alien Dan O’Bannon scripted a very different story of a space crew in the low budget debut from director John Carpenter. The crew aboard Dark Star spend most of their time trying to stave off boredom, before having to deal with a sentient bomb.

48) The Andromeda Strain (1971)
Films don’t get more nailbiting than Robert Wise’s thriller about a group of scientists investigating a deadly alien organism. A faithful adaptation of Michael Crichton’s novel, which was also remade as a plodding miniseries in 2008.

49) The Omega Man (1971)
The best of the three official adaptations of Richard Matheson’s novel I Am Legend so far, this version sees Chuck Heston as the last man left in a city of mutants. It lacks Matheson’s dark humour and slow-burn storytelling, but remains an enduring thinking man’s actioner.

50) Stalker (1979)
Tarkovsky’s other sci-fi great is a 163-minute philosophical adaptation of the Strugatsky brothers’ Roadside Picnic. A ‘stalker’ guides two explorers to the Zone, which contains the key to realising innermost desires. Slow, inscrutable, beautiful and mesmerising.

51) Tetsuo: The Iron Man (1989)
OK, so there’s this fetishist, right, who likes to stick metal in himself. He then turns into a scrap-metal man and proceeds to stalk the woman who ran him over… Even describing Tetsuo is enough to make you sound like a babbling madman, and director Shinya Tsukamoto shoots the juddering blank-and-white cyberpunk action like no other filmmaker on Earth.

52) Escape from New York (1981)
Snake Plissken is one of cinema’s great action-hero, with Kurt Russell on top tough guy form. The plot, meanwhile, has influenced everything from District 13 to Doomsday, and it boasts John Carpenter’s best synth soundtracks.

53) The Invisible Man (1933)
HG Wells’ novel has been filmed many times (and influenced countless others), but the best adaptation remains James Whale’s atmospheric chiller. Pioneering special effects, a darkly witty script and, in his screen debut, a terrific performance from Claude Rains (carried mostly by just his distinctive voice) as the scientist-come-invisible-psycho.

54) It Came From Outer Space (1953)
A meteor crashes in the Arizona desert. But could it actually be an alien spacecraft? And could it be behind the weird behaviour of the townsfolk? Er, yes, it could. Another one of the greats from the 50s SF cycle, this atmospheric, hokey hit was originally shown in 3D.

55) Godzilla (1954)
The original stompin’ monster movie! Godzilla (or Gojira, depending on your phonetic preference) sees the titular atomic bomb-awakened creature lay waste to Tokyo. A destructive and sometimes frightening manifestation of atomic angst that sparked off the craze for man-in-a-suit-stomping-on-cardboard-sets action. An edited version of the movie was released in the States under the title Godzilla: King of the Monsters.

56) Invasion of the Body Snatchers (1956)
The first pod person chiller is a frightening bit of anti-commie science fiction (though producer Walter Mirisch and star Kevin McCarthy insisted that no allegorical element was ever intended). It’s a tense and tightly plotted film, that’s far less pulpy than the majority of the alien invasion pics of the period.

57) Minority Report (2002)
A ludicrously underrated science fiction epic that’s part detective story, Minority Report offers twists and turns galore, along with some truly leftfield moments. An awkward leap from hover car to a yoga class, a bizarre kiss from an older female scientist and a weird eye transplant sequence signal that this isn’t your run-of-the-mill genre picture.

58) Alphaville (1965)
New Wave sci-fi noir from Jean-Luc Godard. Set in the future city of the title (though obviously filmed in contemporary Paris), it’s a film that positively delights in narrative obfuscation and philosophical meanderings. Hip, clever and fun or dull and frustrating, depending on your point of view, but there’s no denying its originality or influence.

59) Gattaca (1997)
Criminally ignored by audiences at the time, Gattaca is a slow but involving ‘genetics noir’ that is driven by ideas rather than action. Ethan Hawke and Jude Law have never been better as the pair who strike an uneasy bargain, and there’s something disquieting about the shimmering retro-future visuals.

60) The Fountain (2006)
Another love it or hate it picture (and many hated it), The Fountain is about as idiosyncratic as genre filmmaking gets. Criss-crossing time and space, it’s a visual delight, but heartfelt performances from Hugh Jackman and Rachel Weisz ensure there’s a human element to the story.

61) Them! (1954)
The army fight radioactive giant killer ants! As premises go, it’s a pretty hard one to beat, and the Oscar-nominated bug effects hold up better than the majority of films from the period. Plus the tagline is awesome: “A horror horde of crawl-and-crush giants clawing out of the earth from mile-deep catacombs!”

62) Videodrome (1983)
David Cronenberg’s body horror about mutations and the media has some wonderfully crackers idea – not least the central conceit of a vagina-eseque VCR appearing in the lead character’s stomach. Disturbing, imaginative and complex. Oh yes, and twisted.

63) Logan’s Run (1976)
A simple but effective futuristic concept – people are killed when they reach the age of 30, but a couple rebel and run from their fate – leads to an exciting, if slightly kitsch slice of 70s SF. It has dated more than other titles on this list, but it’s still great fun.

64) Ghost in the Shell (1995)
Along with Akira (see No. 18), Mamoru Oshii’s is one of the most influential anime movies. Based on the manga by Masamune Shirow, Ghost in the Shell is a joyously convoluted cyberpunk extravaganza that seamlessly combines both cell and computer animation. Its success prompted a sequel and the Stand Alone Complex TV series.

65) Repo Man (1984)
A scattershot blend of pokerfaced comedy, science fiction and youth pic, Alex Cox’s feature-length debut is a punk masterpiece. A young Emilio Estevez is brilliant as Otto, the reluctant repo man, and the strange, deadpan dialogue (“Suddenly someone'll say plate, or shrimp, or plate o' shrimp out of the blue…”) is hilarious.

66) Children of Men (2006)
The film version of PD James’s novel is powerful stuff, as it explores a future not so dissimilar from our present. Director Alfonso Cuarón paints a convincing picture of urban decay, and the handheld camerawork lends the action a sense of documentary-style realism.

67) Star Trek VI: The Undiscovered Country (1991)
The second-best Trek movie is also directed by Nicholas Meyer. This one’s a thrilling, funny conspiracy thriller that sees the aging Starfleet heroes attempt to avert intergalactic war. Hugely enjoyable.

68) Outland (1981)
Like the later Enemy Mine (which reworked Hell in the Pacific) Peter Hyams’ movie is a SF spin on a classic movie – this time, High Noon. Sean Connery’s Marshall heads to a mining outpost Jupiter’s moon Io to investigate the death of miners, and becomes caught up in a corporate conspiracy. Duncan Jones cited it as an influence on his acclaimed Moon (See No. 74).

69) A Boy and his Dog (1975)
In 2024, a young man, Vic, (Don Johnson) and his telepathic, limerick-spurting dog, Blood, wander around the radioactive surface of a post-apocalyptic future trying to avoid being killed by gangs and watching pornos at ramshackle screenings. Eventually Vic is lured to an underground city by people who want his sperm… As weird as it sounds, this cult SF-comedy contains bleak laughs and an appealing central relationship between the hapless Vic and his smarter canine companion.

70) Mad Max (1979)
Despite the title, Max Rockatansky, only becomes ‘mad’ in the final third of this post-apocalyptic thriller. In fact, the character goes through a full character arc, from a cop trying to uphold justice and hold onto some stability in a world of chaos, to a man who thinks nothing of making a punk choose between sawing through his ankle or burning alive. A raw, energetic actioner with blistering car chases and an intense career-defining performance from Gibson.

71) Donnie Darko (2001)
It’s a mad world and it’s a mad film too, in Richard Kelly’s beguiling debut. Worm holes, a man in a rabbit suit, teen angst… What it all means is anyone’s guess, but the sparkling visuals and laconic performance from Jake Gyllenhaal make it stand out from the indie pack.

72) Soylent Green (1973)
Based on Harry Harrison’s influential novel Make Room! Make Room!, this dystopian thriller sees Chuck Heston’s cop uncovering the truth behind the titular foodstuff. Yes, yes, everyone knows the twist - whether they’ve seen it or not - but this efficiently directed film is a lot of fun, despite the bleak themes.

73) Cube (1997)
The original puzzle-based shocker – later examples include the Saw franchise, Fermat’s Room and The Collector. This playful, economical Canadian picture sees seven people attempting to escape from a cube of interlinked rooms laced with booby traps. The Crystal Maze was never like this. We wish it was though.

74) Moon (2009)
A welcome return to the slow-burning SF movies of the 1970s, Duncan Jones’s movie both draws on and subverts expectations of the genre. It’s a clever but accessible study of loneliness and liberty that boasts awesome modelwork and a haunting score by Clint Mansell.

75) Dark City (1998)
Another film that has steadily built up a cult following since its failure at the box office. Alex Proyas turns his perma-night city into an Expressionistic wonder, and the Kafkaesque plot is full of surprises.

76) Starship Troopers (1997)
Bug-busting thrills from Paul Verhoeven, in his third film in our list. This one’s a very loose take on Robert A Heinlein’s novel about marines fighting an alien menace, and it can be taken both as an anti-Fascist anti-militarism satire or an exciting, gung-ho alien war movie.

77) A Scanner Darkly (2006)
Reality bites in this appropriately wigged-out adaptation of the Philip K Dick novel. Richard Linklater applied the rotoscoping technique he’d used in Waking Life, and it proved to be the perfect marriage of style and content.

78) The Quiet Earth (1985)
This atmospheric New Zealand sci-fi drama, based on Craig Harrison’s novel, centres around two men and one woman who find that they’re seemingly the only ones left on the planet. A cult gem, this is one that deserves to be better known.

79) Invaders From Mars (1953)
They’re invaders. They’re from Mars. They’re invaders from Mars! A paranoid flying saucer chiller with cool (if not very convincing) tentacled Martians, an alien sandpit, an unsettling score and an endearing kiddie hero. Remade by Tobe Hooper in 1986.

80) Fantastic Voyage (1966)
A medical team are shrunk and injected into a dying scientist’s body… The science is possibly suspect, but as concepts go it’s unbeatable. It was so good, in fact, that it was reused in the amiable 1987 comedy Innerspace.

81) Barbarella (1968)
Hard sci-fi this is not. But as kitsch retro fun it’s peerless, with Jane Fonda at her sexiest as the poster-friendly heroine and some wonderfully OTT set design. The iconic title sequence, in which Barbarella loses her clothes in zero gravity, has been much parodied, including in Kylie Minogue’s video for ‘Put Yourself in My Place'.

82) Fahrenheit 451 (1966)
Many critics at the time were unimpressed at Francois Truffaut’s step into English language mainstream moviemaking, but this stands up as an involving and faithful adaptation of Ray Bradbury’s novel about a book-burning future.

83) Twelve Monkeys (1995)
Terry Gilliam cuts back on his trademark Pythoneseque humour for a gripping reworking of La Jetée (see No. 29). A smart, off-kilter (and, unusually for Gilliam, commercially successful) genre picture that features an intense performance from Bruce Willis as mankind’s last hope.

84) Event Horizon (1997)
Event Horizon was mostly ignored on its original theatrical release but has since become a cult hit on DVD. Billed as ‘The Shining in space’, it’s got some silly dialogue but is packed with wonderfully scary moments.

85) Independence Day (1996)
Yes, yes, so it’s brash, jingoistic and about as subtle as a spade to the face. But the box office success of Independence Day led to the resurgence of the big sci-fi event movie, and it’s imbued with the spirit of a fun 50s B-movie on a modern Hollywood budget.

86) Altered States (1980)
Ken Russell’s offbeat approach to filmmaking always seemed suited to sci-fi, and they came together in this 1980 curio, based on Paddy Chayefsky’s novel. A scientist (William Hurt) experiments with psychotropic drugs and sensory deprivation, resulting in him changing into different evolutionary states. Trippy and truly bonkers.

87) The Stepford Wives (1975)
Ira Levin’s novels were the source for some movie classics (Rosemary’s Baby, The Boys From Brazil, er, Sliver), and one of the best was this satirical SF thriller about a town populated by submissive and strangely perfect women. It goes without saying that the 2004 remake should be avoided.

88) Serenity (2005)
Despite being much-loved by fans, Firefly was cut short after just 14 episodes (only 11 of which originally aired), so Joss Whedon had another go in the form of a movie. The extra budget (though small in comparison to other Hollywood pics) meant even better special effects, and Whedon’s ability to create endearing characters and witty, snappy dialogue is second to none.

89) Dune (1984)
It’s reviled by many fans of Frank Herbert’s novel, and even director David Lynch doesn’t like it very much. Yet, Dune is a grand, awe-inspiring and truly unique movie – exactly the kind of wonderful mess you’d expect if you asked a man like Lynch to create the next Star Wars.

90) Primer (2004)
See kids, maths can be fun! This micro-budget oddity centres on a couple of engineers who create a time machine quite by chance. The complex (and, to most, unfathomable) scientific chit-chat makes this the very antithesis of ‘soft sci-fi’, but it’s a smart attempt to treat the time travel sub-genre in a realistic manner.

91) Explorers (1985)
Joe Dante’s family-orientated adventure still hasn’t quite received the recognition it deserves. For the most part it’s the amusing and honest tale of three kids who build a rocket to outer space. The final half an hour, when they arrive on a spaceship and meet a couple of aliens, is a joy to watch.

92) THX 1138 (1971)
Before Star Wars, George Lucas created a very different kind of SF film with this dystopian story that’s heavily influenced by Nineteen Eighty-Four. The narrative may not be entirely original but the visuals are, and the film has an unsettling atmosphere and a memorable ending.

93) Star Trek (2009)
J.J. Abrams pulled off the not inconsiderable challenge of making Star Trek popular again – even cool – in a film that manages to appeal to Trekkers and newbies alike. Thrilling action sequences, charming performances, sex appeal and unobtrusive in-jokes.

94) Flash Gordon (1980)
Mike Hodges’ take on pulp space hero Flash Gordon is a stunning visual ride, packed with rich detail and surprises. Perfect casting (especially Brian Blessed as Prince Vultan), a bombastic Queen soundtrack, gaudy costumes and a campy sense of humour – what more could you want?

95) Galaxy Quest (1999)
If Spaceballs was likeable but obvious, Galaxy Quest is a much smarter breed of SF spoof. The film gently sends up Star Trek while retaining an affection for the source material, and features a lovably dopey crew and the brilliantly optimistic aliens, the Thermians.

96) Cocoon (1985)
A life-affirming movie in more ways than one. Cocoon was a rare genre picture to feature interesting, non-stereotypical elderly characters (played by veterans Don Ameche, Wilford Brimley, Hume Croyn, Jessica Tandy), along with Tahnee Welch at her sexiest and Steve Guttenberg at his least annoying, and the film manages to be affectionate without descending too far into sentimentality.

97) Stargate (1994)
The movie that sparked off 10 years of SG-1, 5 seasons of Atlantis and the upcoming Stargate: Universe, Roland Emmerich’s movie scores due to a simple but clever concept and inventive effects. Like Emmerich’s later Independence Day, it’s corny at times, but it adds to the ‘B-movie with a budget’ charm.

98) Predator (1987)
A sci-fi spin on the slasher template, this sees an alien hunter stalk a bunch of commandos in the Central American jungle. But the extra-terrestrial menace doesn’t bank on dealing with the Austrian Oak… One of Arnie’s best 80s actioners, this is exciting stuff, tightly directed by John McTiernan. Plus you get some fine Arnie quips (“Knock knock!”) and the chance to have fun trying to spot Carl Weathers’ real arm tied behind his back as it’s blasted off.

99) Trancers (1985)
Producer/director Charles Band has been responsible for hundreds of low budget SF, horror and fantasy movies, and this popular Terminator-influenced thriller is probably his best work. Future cop Jack Deth (the amiably grizzly Tim Thomerson) is sent back in time to track down a baddie who can turn peeps into zombies. Five sequels so far.

100) Rollerball (1975)
Who knew rollerskating could be so brutal? In the near future, the titular sport involves whacking a ball into your contestant’s goal by any means necessary. A classic anti-authoritarian anti-corporation narrative married to crunching Rollerball game sequences. The 2002 remake is virtually unwatchable.

SOURCE: http://totalscifionline.com/features/3809-the-100-greatest-sci-fi-movies

50 MELHORES FILMES DE FC DO SÉC. XX

LISTA ELABORADA PELO ESCRITOR E PESQUISADOR MARCELLO BRANCO:

1. Viagem à Lua (Voyage à La Lune/Trip to the Moon) - D. George Méliès -
1902
2. Metrópolis (Metropolis) - D. Fritz Lang - 1926
3. A Mulher na Lua (Die Frau in Mond) - D. Fritz Lang - 1929
4. Homem Invisível (The Invisible Man) - D. James Whale - 1933
5. King Kong (King Kong) - D. Merian C. Cooper e Ernest Schoedsack (1933)
6. Daqui a Cem Anos (Things to Come) - D. William Cameron Menzies - 1936
7. Delírio de Um Sábio (Dr. Cyclops) - D. Ernest B. Schoedsack - 1940
8. Destino à Lua (Destination Moon) - D. Irving Pishel - 1950
9. Monstro do Ártico (The Thing) - D. Christian Nyby - 1951
10. O Dia em que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still) - D. Robert
Wise - 1951
11. Veio do Espaço (It Came from Outer Space) - D. Jack Arnold - 1953
12. Guerra dos Mundos (War of the Worlds) - D. Byron Haskin - 1953
13. Invasores de Marte (Invaders from Mars) - D. William Cameron Menzies -
1953
14. Mundo em Perigo (Them) - D. Gordon Douglas - 1954
15. 20 Mil Léguas Submarinas (20.000 Leagues Under the Sea) - D. Richard
Fleisher - 1954
16. Guerra Entre Planetas (This Island Earth) - D. Joseph Newman - 1955
17. Godzilla (Godzilla) - D. Inoshiro Honda - 1956
18. Planeta Proibido (Forbidden Planet) - D. Fred M. Wilcox - 1956
19. 1984 (1984) - D. Michael Anderson - 1956.
20. Vampiros de Almas (The Invasion of the Body Snatchers) - D. Don Siegel -
1956
21. O Incrível Homem que Encolheu (The Incredible Shrinking Man) - D. Jack
Arnold - 1957
22. A Mosca da Cabeça Branca (The Fly) - D. Kurt Neumann - 1958
23. A Aldeia dos Amaldiçoados (Village of the Damned) - D. Wolf Rilla - 1960
24. A Máquina do Tempo (The Time Machine) - D. George Pal - 1960
25. Homem dos Olhos de Raios X (The Man with the X-Ray Eyes) - D. Roger
Corman - 1963
26. Doutor Fantástico (Dr. Strangelove or....) - D. Stanley Kubrick - 1964
27. Alphaville (Alphaville) - D. Jean-Luc Godard - 1965
28. Viagem Fantástica (Fantastic Voyage) - D. Richard Fleisher - 1966
29. Fahrenheit 451 (Fahrenheit 451) - D. François Truffaut - 1966
30. Planeta dos Macacos (Planet of the Apes) - D. Franklin J. Schaffner -
1967
31. Uma Sepultura na Eternidade (The Quatermass and the Pit) - D. Roy Ward
Baker - 1967
32. 2001, Uma Odisséia no Espaço (2001, A Space Odissey) - D. Stanley
Kubrick - 1968
33. Os Dois Mundos de Charly (Charly) - D. Ralph Nelson - 1968
34. THX 1138 (THX 1138) - D. George Lucas - 1970
35. A Última Esperança da Terra (The Omega Man) - D. Boris Sagal - 1971
36. Solaris (Solaris) - D. Andrei Tarkovsky - 1971
37. Laranja Mecânica (A Clockwork Orange) - D. Stanley Kubrick - 1971
38. Corrida Silenciosa (Silent Running) - D. Douglas Trumbull - 1971
39. Matadouro No. 5 - D. George Roy Hill - 1971
40. O Enigma de Andrômeda (The Andromeda Strain) - D. Robert Wise - 1971
41. Westworld, Onde Ninguém Tem Alma (Westworld) - D. Michael Crichton -
1973
42. No Mundo de 2020 (Soylent Green) - D. Richard Fleischer - 1973
43. Zardoz (Zardoz) - D. John Boorman - 1974
44. Rollerball, Os Gladiadores do Futuro (Rollerball) - D. Norman Jewison -
1975
45. O Homem que Caiu na Terra (The Man Who Fell to Earth) - D. Nicolas
Roeg - 1976
46. Contatos Imediatos do Terceiro Grau (Close Encounters of the Third
Kind) - D. Steven Spielberg - 1977
47. Guerra nas Estrelas (Star Wars) - D. George Lucas - 1977
48. Jornada nas Estrelas (Star Trek - The Motion Picture) - D. Robert Wise -
1979
49. Alien, o Oitavo Passageiro (Alien) - D. Ridley Scott - 1979
50. Mad Max (Mad Max) - D. George Miller - 1980
51. Blade Runner - O Caçador de Andróides (Blade Runner) - D. Ridley Scott -
1982
52. Videodrome (Videodrome) - D. David Cronenberg - 1983
53. Exterminador do Futuro (The Terminator) - D. James Cameron - 1984
54. Brazil, o Filme (Brazil) - D. Terry Gillian - 1985
55. De Volta Para o Futuro (Back to the Future) - D. Robert Zemeckis - 1985
56. Robocop, o Policial do Futuro (Robocop) - D. Paul Verhoeven - 1987
57. Vingador do Futuro (Total Recall) - D. Paul Verhoeven - 1990
58. Os Doze Macacos (The Twelve Monkeys) - D. Terry Gillian - 1996
59. Contato (Contact) - D. Robert Zemeckis - 1997
60. Truman Show, o Show da Vida (The Truman Show) - D. Peter Weir - 1998
61. Matrix (The Matrix) - D. Irmãos Wachowski - 1999

Nesta primeira década do século XXI, eu poderia incluir filmes como *A.I -
Inteligência Artificial* (2001), *Código 46* (2003), *Brilho Eterno de Uma
Mente Sem Lembranças* (2004) e *Filhos da Esperança* (2006).

sexta-feira, 24 de julho de 2009

FILE

De 27 a 31 de julho estarei no FILE, em São Paulo.

FILE: FESTIVAL INTERNACIONAL DE LINGUAGEM ELETRÔNICA

do jornal Folha de S. Paulo

FILE
FESTIVAL INTERNACIONAL DE LINGUAGEM ELETRÔNICA
De 27 de julho a 30 de agosto de 2009
SESI-SP RECEBE NA AVENIDA PAULISTA O “FILE 10”

Destaques FILE 10
10 anos de FILE, 10 anos de eventos realizados na cidade de São Paulo, 10 anos de discussão sobre arte e tecnologia no Brasil

1. NURBS (Non Uniform Rational Basis Spline) é o conceito que o teórico Lev Manovich resignifica de forma supreendente no texto inédito que abre o catálogo desta edição. Lev Manovich participará do FILE Labo Workshop.

2. 4KT, a primeira transmissão transcontinental em super alta definição de um longa-metragem, “Enquanto a Noite não Chega” com direção de Beto Souza.

Sobre os destaques:

FILE CINEMA DIGITAL 4KT
Há mais de um ano, um grupo de pesquisadores e interessados está investindo em uma aventura tecnológica: a primeira transmissão de imagens de super-alta definição do hemisfério sul para os Estados Unidos e Japão. O que se pretende é transmitir filmes com resolução próxima a 8.000.000 de pixels (4Ks) em redes de 1 a 20 Gbps ao vivo. Lembram-se daquela história fantástica de que Hollywood aperta o botão e a gente vê o filme? Pois é, retire Hollywood e pense em imagens espaciais jamais vistas, filmes nos mais diversos formatos, conversas com o outro lado do planeta em altíssima definição, experimentos de linguagens narrativas se apropriando do processo tecnológico, metainventos, e até, quem sabe, filmes Hollywoodianos.... é disso que esta pesquisa quer participar.

O Brasil será pioneiro na transmissão do primeiro longa-metragem em 4K com première em três países consecutivamente em tempo real utilizando o formato digital. O filme “Enquanto a Noite não Chega”, com direção de Beto Souza, será transmitido para a Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD) e para a Universidade de Keio no Japão em super alta definição. O filme “Enquanto a Noite não Chega” discute uma questão que atormenta a todos os seres humanos desde o início de sua existência -- o final da vida, a partir do livro de Josué Guimarães com o mesmo título: “se o fim está muito próximo e se tudo em volta está acabando, a única coisa que resta é fazer a travessia com alguns elementos que ainda existem. E, tudo isso, com muita dignidade”.

PRIMEIRA TRANSMISSÃO TRANSCONTINENTAL DE CINEMA EM SUPER ALTA DEFINIÇÃO
O desafio que agora vivenciamos é o fato de que as imagens em super alta definição podem ser transmitidas ao vivo por causa das redes que operam com taxas de 10 Gbps ainda restritas às universidades e instituições de pesquisa. Um exemplo destas redes no Brasil é a plataforma KyaTera da FAPESP que possui uma conexão com a RNP (Rede Nacional de Pesquisa), o que permite ter acesso a quase todas as redes de pesquisa de altas taxas do mundo como, por exemplo, o GLIF (Global Lambda Integrated Facility). Desta forma podemos realizar experimentos de forma colaborativa com todos os grupos participantes destas redes. Por exemplo, imagens capturadas por telescópios do Observatório Gemini, no Havaí e no Chile, poderão ser vistas por astrônomos brasileiros em tempo real através de um ciberobservatório para imagens de altíssima definição.
Para que a transmissão proposta em nosso experimento aconteça, tem sido feito um esforço conjunto de três bases de apoio: a UCSD (University of California, San Diego) – que faz este tipo de transmissão há mais de quatro anos, o laboratório de Fotônica da Universidade Presbiteriana Mackenzie – que coordena a parte física da rede Kyatera para a conexão e o FILE que tem acolhido as inovações tecnológicas com inteligência e sensibilidade. Além de todos os apoiadores tecnológicos que um evento deste porte exige.
Este experimento é mais uma mostra do momento especial que estamos vivendo. O espírito de um espectador, cuja atenção fora “domesticada” por um tipo de narratividade do cinema, reencontra agora um universo de aparatos tecnológicos de maravilhamento que o coloca diante de uma nova dimensão de simultaneidades e atenções flutuantes. Este tipo de experimento acrescenta aos vários aparatos tecnológicos contemporâneos um maquinário que abre a perspectiva de reproduzir imagens jamais vistas, de lugares e objetos longínquos, uma vez que esta definição se abre para escalas cada vez mais potentes de visualizações. Um outro mundo de imagens nos espera. Ou, pelo contrário: somos outros e a esta imagem foi construída justamente para dar conta da nossa atual complexidade. A película não nos representa mais.
A primeira viagem do homem à lua faz agora quarenta anos, aconteceu em julho de 1969. Nada ainda se compara a esta façanha sonhada por escritores e pintores. A ficção científica foi uma fonte de inspiração para o cinema, com imagens desérticas, espaçonaves prateadas, seres híbridos. Mas um aspecto, um aspecto bem especial foi observado por Dave Scott, o sétimo homem a pisar na lua: “dentre todos os escritores de ficção científica, nenhum deles ousou sonhar que o mundo estaria vendo a chegada do homem à lua pela televisão”.


LEV MANOVICH
Lev Manovich é considerado um dos mais importantes teóricos da cultura digital na atualidade. É autor de Soft Cinema: Navigating the Database (The MIT Press, 2005), Black Box - White Cube (Merve Verlag Berlin, 2005) e The Language of New Media (The MIT Press, 2001), que foi considerado como “a mais sugestiva e ampla história da mídia desde Marshall McLuhan”. É autor de mais de 90 artigos que foram reproduzidos mais de 300 vezes em vários países. Manovich é professor no Departamento de Artes Visuais da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), Diretor do Grupo de Software Studies no California Institute for Telecommunications and Information Technology (CALIT2) e Pesquisador Visitante no Godsmith College (Londres) e no College of Fine Arts, Universidade of New South Wales (Sydney). Manovich tem sido requisitado para proferir palestras ao redor do mundo, tendo realizado até o momento mais de 270 conferências, palestras e workshops fora dos Estados Unidos nos últimos 10 anos. Editou recentemente o livro Software Takes Command (SWS, 2008).

Lev Manovich ministrará workshop sobre “Analítica Cultural”, seu mais novo conceito que trata da aplicação de sistemas de visualização computacionais complexos aos dados culturais como arquitetura, literatura, fotografia, cinema, entre outros. O workshop ensinará as ferramentas para os participantes criarem suas próprias análises dos dados e também ensinará como podemos criar visualizações a partir dos dados coletados.
Local: Mezanino do Centro Cultural Fiesp dia 30/07 das 9h às 13h.

SERVIÇO
FILE – WORKSHOP
Local: Mezanino do Centro Cultural Fiesp Ruth Cardoso - Av. Paulista, 1313
Datas e horários: de 28 a 30 de julho das 9h às 13h.
Inscrições online no site http://www.file.org.br/file2009_incsworkshops/cadastro_port.php

FILE – CINEMA DIGITAL
Local: Teatro Popular do SESI – Paulista
Endereço: Av. Paulista, 1313
Datas e horários: 30/07 às 19h (projeção de filme) e 31/07 (debate com Universidade de Keio, Japão), às 10 h.
Informações: http://www.file.org.br

quarta-feira, 22 de julho de 2009

reuniões regulares do grupo

Estou pensando, para o segundo semestre de 2009, em estabelecer reuniões regulares deste grupo de pesquisa todas as quartas-feiras, das 18h às 19h no IAD. Por favor se manifestem no blog a respeito dessa agenda.

domingo, 21 de junho de 2009

O POSTHUMAN TANTRA (meu projeto de música "sci-fi ambient") foi entrevistado pelo importante portal de música italiano ALONE MUSIC


O POSTHUMAN TANTRA (meu projeto de música "sci-fi ambient") foi entrevistado pelo importante portal de música italiano ALONE MUSIC.

Leia a entrevista original em italiano no link: http://www.alonemusic.it/intervista.php?id=173

Ou confira a versão traduzida para o português anexada abaixo.

Abraço pós-humano,

Edgar Franco.

Entrevista do POSTHUMAN TANTRA para o portal de música Italiano ALONE MUSIC. Conduzida por Shifter

Olá Edgar e seja bem vindo à ALONE MUSIC! Vamos começar a entrevista.

1. O Seu projeto musical chamado"Posthuman Tantra" é, sem sombra de dúvida, um dos mais estranhos que eu já ouvi. Você poderia nos descrever como ele surgiu e por quê?

Obrigado por seu comentário, termos como "extremo", "estranho", "louco" são adjetivos muito usados para qualificar minha arte, isso acontece pelo fato dela ser difícil de rotular e buscar algo novo. O Posthuman Tantra surgiu como parte natural do desenvolvimento de meu universo ficcional intitulado “Aurora Pós-humana” -mundo ficcional futuro baseado na fusão entre DNA & Silício, com novas criaturas que mixam humano, animal, vegetal e máquinas. Nesse planeta Terra hipotético do futuro convivem três espécies de seres: os Tecnogenéticos (frutos da hibridização entre humanos, animais e vegetais – possuem corpos humanimais e podem se assemelhar a formas míticas como centauro & sereia), os Extropianos (são seres humanos que transferiram sua consciência para um chip de silício e passaram a viver em um corpo robótico) e os Resistentes (humanos propriamente ditos que estão em processo de extinção). Esse universo tem servido de base para a criação de meus trabalhos artísticos em múltiplas mídias. O “Posthuman Tantra” surgiu em 2004 como um desdobramento sonoro de minhas expressões visuais e narrativas - um abissal e psicodélico sonho sci-fi industrial - o nome do projeto instiga a pensarmos uma relação aparentemente paradoxal entre tecnologia e misticismo transcendental – na verdade a base geral das músicas propõe a interação entre esses universos: uma reflexão sobre processos tecnognósticos.


2. Por quê a opção por uma sonoridade tão aterradora e obscura?

Na verdade o Posthuman Tantra mostra a escuridão para provocar um olhar diferenciado em direção à "luz". Vivemos em um mundo à beira do colapso total ou em vias de realizar o salto quântico que levará a humanidade a um novo patamar de consciência. Desde a Revolução Industrial, do advento da visão cartesiana-materialista da vida, a nossa espécie desconectou-se da totalidade, passamos a nos entender como partes desconectadas da natureza e desenvolvemos um sistema de vida completamente egoísta e egocentrista. Toda a destruição do planeta parte do princípio de que somos criaturas independentes dele, esquecemos que, na verdade, somos todos partes de um grande sistema vivo chamado Gaia! O monetarismo desenvolveu também uma busca desastrosa pelo "ter", a felicidade passou a depender de objetos e esse sistema ensinou-nos não só a desprezar Gaia, mas desprezarmos e competirmos com nossa própria espécie. A publicidade é a "magia negra" do nosso tempo, pois ela mobiliza bilhões de seres humanos e trabalha em favor desse sistema egolucrativo, e a publicidade trabalha com imagens "belas". Veja só, alguns bancos lucram milhões e ajudam a explorar populações empobrecidas, mas fazem propagandas com famílias felizes em parques verdejantes! Montadoras de veículos (que estão pesteando o planeta com a praga egoísta dos fálicos carros) mostram jovens e belos casais dirigindo por ruas vazias e parques lindos (mentira deslavada!). Publicidade bela e limpa também é utilizada por sistemas dogmáticos, sobretudo as religiões. Por isso eu abdico dessa limpeza luminosa falsa que contaminou a publicidade e os dogmas, da escuridão reflexiva florescerá a nova luz!

3. Quais os objetivos que você tem ao criar sua música?

O Posthuman Tantra acredita na possibilidade de reconexão de nossa espécie com sua essência cósmica e nas entrelinhas de minha música pseudo-obscura vislumbro a luz. É uma anti-propaganda vinda da cultura underground, o nigredo necessário para implodir o egomonetarismo ultrajante através da difusão do pós-humanismo pela via da ressonância morfogenética. Minha música reflete sobre as imbricações entre homem e tecnologia no contexto atual e futuro, hora apresento uma visão distópica - um dos caminhos possíveis, o fim de nossa doce/amarga raça humana pela hipertecnologização egoísta e desconectada (fábulas da destruição, uma Terra vazia pós-humana sem humanos!), mas em outras músicas retrato minha esperança na singularidade, no momento em que os avanços tecnológicos produzirão uma nova consciência transcendente, levando a humanidade à uma reconexão absoluta com o cosmos - nesse momento seremos pós-humanos, ultrapassaremos tudo aquilo de podre que o egocentrismo e o esquecimento da visão sistêmica causaram a Gaia e a nós mesmos -, seremos uma nova pós-humanidade. Enfim, as músicas do Posthuman Tantra são sigilos caoticistas que evocam essa tensão tecnognóstica luz-escuridão.

4. Em seu álbum "Neocortex Plug-in" eu encontrei uma faixa multimídia na qual você descreve um mundo pós-moderno onde sexo e violência com andróides malignos e crianças convivem juntos. Você realmente imagina um mundo assim no futuro ou isso é apenas uma assusatadora e insana história?

Está é uma das visões negras de futuro hipertecnologico, na faixa multimídia "Game-o-tech 2.0" são crianças pós-humanas de moralidade modificada que brincam de ferir criaturas transgêncas vivas criadas em laboratórios futuros de multinacionais da biotecnologia. A vida é tratada como um produto e ao invês de destruir avatares num game de computador as crianças agora matam e ferem essas criaturas - tratadas somente como produtos! Veja que acontece coisa parecida com a indústria mundial da carne, as vidas de nossas espécies irmãs tornaram-se simples produtos. Eu espero que essa história seja apenas um de meus sigilos obscuros e que o futuro não caminhe nessa direção, mas se não resgatarmos a visão sistêmica pode vir a tornar-se realidade.

5. Deixando a violência de lado, eu gostei muito dos desenhos da faixa multimídia do CD, quem é o criador deles?

Eu sou o criador de toda a música e arte relacionada ao Posthuman Tantra - um projeto multimídia. Todos os desenhos do encarte, arte da capa e da faixa multimídia são de minha autoria. Em meu próximo CD, intitulado "Transhuman Reconnection Ecstasy", a ser lançado pela Legatus Records ( www.legatusrecords.net ) em 2009, teremos uma nova faixa multimídia nesses moldes.

6. Parece que você não confia no uso da tecnologia contemporânea. Isso é verdade?

É como eu disse anteriormente, não sou um tecnófobo, acredito em muitas benesses tecnológicas e na possibilidade de alcançarmos um desejável novo patamar de consciência transcendente através de processos tecnológicos ligados a ancentrais processos de conexão com o universo. Acho que, lembrando o artista Roy Ascott e o etnobotânico Terence McKenna, devemos aliar as possibilidades de três realidades: a realidade validada (nossa vida material, baseada na percepção dos 5 sentidos), a realidade vegetal (baseada na ingestão de enteógenos - as drogas de poder que nos fazem vislumbrar nossa dimensão universal, visões de conexão que já existiam desde a ancestralidade e foram esquecidas e renegadas pelo cartesianismo-egoísta-monetarista) e finalmente as novas realidades virtuais (a possibilidade de criação de mundos simulados e a expansão da consciencia in silício). Somar uma vivência contínua dessas 3 realidades à expressão artística pode levar-nos a um outro patamar como espécie. No entanto a tecnologia baseada na geração de lucro e na alimentação do ego humano pode nos levar ao fim. Veja que já temos dezenas de opções energéticas limpas e superiores ao petróleo - energia solar, geotérmica, eólica, das marés, etc. Mas o truste global do petróleo insiste em manter a exploração dessa energia poluente e a indústria automobilística renegou o carro elétrico. Não existe visão sistêmica, eles estão preocupados em encher seus bolsos e só, o lucro impede a verdadeira e boa tecnologia de avançar! A Internet está implodindo a indústria do entretenimento que transformou a arte em lucro e as multinacionais não sabem o que fazer, o fato é que a rede é uma tecnologia tão avançada e bela que transcende esse sistema baseado no lucro, é uma luz nesse túnel podre do lucro. A Internet é a "Noosfera" de Chardin, uma rede que ligará todas as mentes do Globo, se as multinacionais não destruirem sua essência, seremos uma só mente no futuro, a mente Gaia!

7. Como a crítica musical em geral reagiu ao ouvir o CD "Neocortex Plug-in"?

Muitos não entenderam bem a proposta, pois minha música exige um mergulho profundo e destruição de certos paradigmas arraigados para que a viagem seja completa! É preciso livrar-se de seus dogmas e desejar criar novas conexões neuronais para navegar nas ondas do Posthuman Tantra. Por outro lado vários críticos inteligentes que aceitaram esse mergulho entenderam a proposta e elogiaram muito o trabalho, "Neocortex Plug-in" recebeu nota 9 na versão brasileira da revista alemã Rock Hard e o Posthuman Tantra foi muito elogiado em outras resenhas de veículos importantes do gênero como The Machinist (Bielorrúsia), Judas Kiss (Inglaterra), PAN.O.RA.MA Occult Magickal Web Journal (Colombia), entre outros.

8. Quais sensações você quer transmitir para as pessoas?

Algo de dor, um pouco de prazer, mas principalmente o desejo de reconectar-nos à nossa verdadeira essência universal e infinita!

9. Existe alguma coisa que lhe dá arrepios e o deixa assustado? E ao contrário disso, o que o deixa feliz?

Sim, o tecnoegoísmo me deixa assustado! Em meu país, o Brasil, esse ano (2009) são vendidos por hora 500 novos carros, enquanto nascem apenas 15 pessoas por hora! O governo continua apoiando as montadoras de carros com isenção de impostos e infestando as ruas com milhões de escapamentos poluentes - para mim os carros são como cavaleiros do apocalipse - por isso optei por não dirigir, não ter carro. Eu gostaria muito de ganhar uma Ferrari pois seria maravilhoso destruí-la completamente em um show do Posthuman Tantra, demonstraria todo o meu repúdio a essa indústria selvagem que está ajudando a levar nossa espécie ao abismo! E isso é uma promessa e um desafio! Desafio todas as montadoras de carros a me darem carros, destruirei todos eles em performances do Posthuman Tantra, convoco todos aqueles que têm verdadeiro amor pela Terra a fazerem o mesmo! O que me faz verdadeiramente feliz é criar - buscar atingir a transcendência através da arte e poder compartilhar com as pessoas meu ideal de reconexão com Gaia e com o Cosmos! Também sou feliz ao compartilhar um dia tranquilo de sol com minha amada esposa, com meus 4 cães e 4 gatos, passear com eles nas florestas próximas à minha casa, encontrar verdadeiros amigos e a minha família!

10. Eu li que sua música é a trilha sonora de ficção científica ambient para a aurora pós-humana. Que tipo de filme inspira você? Você se lembra de Blade Runner?

Eu gosto muito de cinema, principalmente ficção científica, poderia ficar o dia inteiro aqui citando filmes, mas além do maravilhoso Blade Runner, citarei outros 4 que considero seminais pelas questões que evocam: Gattaca, de Andrew Niccol; Tetsuo-The Iron Man, de Shinya Tsukamoto; eXistenZ & Videodrome, de David Cronenberg.
Obrigado pela entrevista, achei as perguntas inteligentes e sagazes! Os interessados em saber mais sobre o Posthuman Tantra e meus outros trabalhos como artista multimídia visitem: www.myspace.com/posthumantantras . Um abraço pós-humano a todos.
___________________________________________
Prof. Dr. Edgar Silveira Franco
Ph.D. in Arts & Multimedia Artist
FAV- UFG (Federal University of Goiás)
Phone (voice): +55 62 3268 3879
Brazil.
www.posthumantantra.legatusrecords.net
www.myspace.com/posthumantantras
www.fotolog.net/edgar_franco
www.ritualart.net

sábado, 20 de junho de 2009

participação na SFRA 2009, Atlanta, GA, USA, 11-14 junho


De 11 a 14 de junho deste ano participei do Encontro Anual da Science Fiction Research Association (SFRA), realizado com apoio do Georgia Institute of Technology (GeorgiaTech) no Hotel Midtown em Atlanta, GA, EUA. O tema do encontro deste ano foi Engineering the Future and Southern-Fried Science Fiction and Fantasy. Apresentei comunicação com o título “Exploring Realism in SF cinema: a focus on Children of Men”, que corresponde a parte de minhas atuais preocupações com respeito ao emprego de técnicas realistas no cinema de ficção científica. Como de costume (participo dos encontros e sou membro da SFRA desde 2007), o evento foi bastante produtivo, com rica troca de informações entre os participantes.

No próximo encontro, na cidade de Carefree, Arizona, em junho de 2010, provavelmente serei responsável por uma mostra internacional de curtas de ficção científica. Pensei em programar algo com o título “Just a matter of time”, para incluir uma seleção de filmes sobre viagens no tempo, como La Jetée (1962), de Chris Marker, Barbosa (1988), de Jorge Furtado, Loop (2002), de Carlos Gregório, O Fim (1975), de Elie Politi, Palíndromo (2001), de Phillipe Barcinski, e outros.

Devo comentar também que fui convidado a integrar o júri do Mary Kay Bray Award, prêmio concedido ao melhor texto (artigo, entrevista ou resenha) publicado na SFRA Review (http://www.sfra.org/review).

Mas a melhor notícia talvez seja mesmo a aceitação de minha proposta de realização da SFRA 2014 no Brasil, em São Paulo ou Juiz de Fora. Para isso precisaremos de uma equipe de cerca de cinco pessoas, pelo menos, para cuidar da organização local. Se a escolha for Juiz de Fora, tenho certeza de que o Inst. de Artes e Design da UFJF e o MAMM têm plenas condições de acolher o evento. Além disso, estou certo de que a infra-estrutura hoteleira de Juiz de Fora também oferece condições para a realização do encontro internacional. Seria a primeira edição da SFRA no hemisfério sul. E temos cerca de quatro anos para cuidar disso.

Com respeito a Atlanta, vale dizer que se trata de uma cidade americana de grande porte, com muitos contrastes e, aparentemente, muito ciosa de seu passado e seu futuro. A história da cidade convive em aparente harmonia com seu cotidiano. Isso pode ser verificado na arquitetura, bem como nas atrações oferecidas. Atlanta é a cidade natal de Martin Luther King (e onde o ativista foi sepultado) e de Margareth Mitchell, autora de Gone with the Wind, o romance que deu origem ao famoso filme com Vivien Leigh e Clark Gable. A história de Atlanta pode ser resgatada em lugares como o Margareth Mitchell Museum, em Midtown, ou o Museu da Coca-Cola (Atlanta abriga o quartel-general da empresa), no centro da cidade. O Memorial Martin Luther King, na região leste, também conserva parte do patrimônio histórico da cidade. O presente e o futuro podem ser contemplados nos estúdios da CNN ou na skyline do centro financeiro.

Sobre o Georgia Institute of Technology, vale dizer que se trata de uma das mais – senão a mais – importante instituição de ensino superior da Georgia. Popularmente conhecido como GeorgiaTech (ou simplesmente GT), a universidade incorpora um bom número de laboratórios de alta tecnologia e aparenta grande preocupação com a pesquisa de ponta e a inovação. Como de costume nos EUA, empresas privadas investem em pesquisa na universidade. Exemplo é o laboratório financiado pela Ford.
Visitei a Biblioteca Central da GT e a School of Literature, Communication and Culture, onde a atual presidente do SFRA, Dra. Lisa Yaszek, leciona. Na Biblioteca encontrei um laboratório multimídia muito bem equipado e aconchegante, com diversos computadores Apple e PC, tanto para consulta de acervo quanto para realização de trabalhos específicos. Constatei a presença, em meio a esses equipamentos, de duas pequenas ilhas de edição com CPU, VCR, DVD, Super-VHS e Mini-DV players/recorders. Estavam constantemente ocupadas por alunos que faziam trabalhos em audiovisual. A poucos metros dali, um acervo de DVDs não muito grande, porém muito bem selecionado, compreendia títulos como os volumes do Treasures from American Film Archives e a coleção Unseen Cinema, entre várias outras obras de origem internacional. Bastava escolher um ou mais títulos e levar a(s) caixinha(s) ao funcionário da videoteca, que emprestava os DVDs para visionamento numa espécie de lounge bem confortável. Assisti a alguns filmes nesse lounge usando meu próprio notebook.

Este é um resumo de minhas experiências e impressões de Atlanta e da GeorgiaTech, as quais gostaria de dividir com a comunidade do IAD-UFJF no sentido de contribuir para o constante crescimento e melhoria de nossa infra-estrutura e sistema de trabalho. Desde já coloco-me à disposição para discutir este assunto em maior profundidade com alunos, funcionários e professores.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

The Black Hole

comercial argentino para a Coca-Cola

FILE 2009

FESTIVAL INTERNACIONAL DE LINGUAGEM ELETRÔNICA
De 27 de julho a 30 de agosto de 2009
SESI-SP RECEBE NA AVENIDA PAULISTA O “FILE 10”

Destaques FILE 10
10 anos de FILE, 10 anos de eventos realizados na cidade de São Paulo, 10 anos de discussão sobre arte e tecnologia no Brasil

1. NURBS (Non Uniform Rational Basis Spline) é o conceito que o teórico Lev Manovich resignifica de forma supreendente no texto inédito que abre o catálogo desta edição. Lev Manovich participará do FILE Labo Workshop.

2. 4KT, a primeira transmissão transcontinental em super alta definição de um longa-metragem, “Enquanto a Noite não Chega” com direção de Beto Souza.

Sobre os destaques:

FILE CINEMA DIGITAL 4KT
Há mais de um ano, um grupo de pesquisadores e interessados está investindo em uma aventura tecnológica: a primeira transmissão de imagens de super-alta definição do hemisfério sul para os Estados Unidos e Japão. O que se pretende é transmitir filmes com resolução próxima a 8.000.000 de pixels (4Ks) em redes de 1 a 20 Gbps ao vivo. Lembram-se daquela história fantástica de que Hollywood aperta o botão e a gente vê o filme? Pois é, retire Hollywood e pense em imagens espaciais jamais vistas, filmes nos mais diversos formatos, conversas com o outro lado do planeta em altíssima definição, experimentos de linguagens narrativas se apropriando do processo tecnológico, metainventos, e até, quem sabe, filmes Hollywoodianos.... é disso que esta pesquisa quer participar.

O Brasil será pioneiro na transmissão do primeiro longa-metragem em 4K com première em três países consecutivamente em tempo real utilizando o formato digital. O filme “Enquanto a Noite não Chega”, com direção de Beto Souza, será transmitido para a Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD) e para a Universidade de Keio no Japão em super alta definição. O filme “Enquanto a Noite não Chega” discute uma questão que atormenta a todos os seres humanos desde o início de sua existência -- o final da vida, a partir do livro de Josué Guimarães com o mesmo título: “se o fim está muito próximo e se tudo em volta está acabando, a única coisa que resta é fazer a travessia com alguns elementos que ainda existem. E, tudo isso, com muita dignidade”.

PRIMEIRA TRANSMISSÃO TRANSCONTINENTAL DE CINEMA EM SUPER ALTA DEFINIÇÃO
O desafio que agora vivenciamos é o fato de que as imagens em super alta definição podem ser transmitidas ao vivo por causa das redes que operam com taxas de 10 Gbps ainda restritas às universidades e instituições de pesquisa. Um exemplo destas redes no Brasil é a plataforma KyaTera da FAPESP que possui uma conexão com a RNP (Rede Nacional de Pesquisa), o que permite ter acesso a quase todas as redes de pesquisa de altas taxas do mundo como, por exemplo, o GLIF (Global Lambda Integrated Facility). Desta forma podemos realizar experimentos de forma colaborativa com todos os grupos participantes destas redes. Por exemplo, imagens capturadas por telescópios do Observatório Gemini, no Havaí e no Chile, poderão ser vistas por astrônomos brasileiros em tempo real através de um ciberobservatório para imagens de altíssima definição.
Para que a transmissão proposta em nosso experimento aconteça, tem sido feito um esforço conjunto de três bases de apoio: a UCSD (University of California, San Diego) – que faz este tipo de transmissão há mais de quatro anos, o laboratório de Fotônica da Universidade Presbiteriana Mackenzie – que coordena a parte física da rede Kyatera para a conexão e o FILE que tem acolhido as inovações tecnológicas com inteligência e sensibilidade. Além de todos os apoiadores tecnológicos que um evento deste porte exige.
Este experimento é mais uma mostra do momento especial que estamos vivendo. O espírito de um espectador, cuja atenção fora “domesticada” por um tipo de narratividade do cinema, reencontra agora um universo de aparatos tecnológicos de maravilhamento que o coloca diante de uma nova dimensão de simultaneidades e atenções flutuantes. Este tipo de experimento acrescenta aos vários aparatos tecnológicos contemporâneos um maquinário que abre a perspectiva de reproduzir imagens jamais vistas, de lugares e objetos longínquos, uma vez que esta definição se abre para escalas cada vez mais potentes de visualizações. Um outro mundo de imagens nos espera. Ou, pelo contrário: somos outros e a esta imagem foi construída justamente para dar conta da nossa atual complexidade. A película não nos representa mais.
A primeira viagem do homem à lua faz agora quarenta anos, aconteceu em julho de 1969. Nada ainda se compara a esta façanha sonhada por escritores e pintores. A ficção científica foi uma fonte de inspiração para o cinema, com imagens desérticas, espaçonaves prateadas, seres híbridos. Mas um aspecto, um aspecto bem especial foi observado por Dave Scott, o sétimo homem a pisar na lua: “dentre todos os escritores de ficção científica, nenhum deles ousou sonhar que o mundo estaria vendo a chegada do homem à lua pela televisão”.

Lev Manovich
Lev Manovich é considerado um dos mais importantes teóricos da cultura digital na atualidade. É autor de Soft Cinema: Navigating the Database (The MIT Press, 2005), Black Box - White Cube (Merve Verlag Berlin, 2005) e The Language of New Media (The MIT Press, 2001), que foi considerado como “a mais sugestiva e ampla história da mídia desde Marshall McLuhan”. É autor de mais de 90 artigos que foram reproduzidos mais de 300 vezes em vários países. Manovich é professor no Departamento de Artes Visuais da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), Diretor do Grupo de Software Studies no California Institute for Telecommunications and Information Technology (CALIT2) e Pesquisador Visitante no Godsmith College (Londres) e no College of Fine Arts, Universidade of New South Wales (Sydney). Manovich tem sido requisitado para proferir palestras ao redor do mundo, tendo realizado até o momento mais de 270 conferências, palestras e workshops fora dos Estados Unidos nos últimos 10 anos. Editou recentemente o livro Software Takes Command (SWS, 2008).

Lev Manovich ministrará workshop sobre “Analítica Cultural”, seu mais novo conceito que trata da aplicação de sistemas de visualização computacionais complexos aos dados culturais como arquitetura, literatura, fotografia, cinema, entre outros. O workshop ensinará as ferramentas para os participantes criarem suas próprias análises dos dados e também ensinará como podemos criar visualizações a partir dos dados coletados.
Local: Mezanino do Centro Cultural Fiesp dia 30/07 das 9h às 13h.


SERVIÇO
FILE – WORKSHOP
Local: Mezanino do Centro Cultural Fiesp Ruth Cardoso - Av. Paulista, 1313
Datas e horários: de 28 a 30 de julho das 9h às 13h.
Inscrições online no site http://www.file.org.br/file2009_incsworkshops/cadastro_port.php

FILE – CINEMA DIGITAL
Local: Teatro Popular do SESI – Paulista
Endereço: Av. Paulista, 1313
Datas e horários: 30/07 às 19h (projeção de filme) e 31/07 (debate com Universidade de Keio, Japão), às 10 h.
Informações: http://www.file.org.br

Contato Lev Manovich:
manovich.lev@gmail.com

domingo, 24 de maio de 2009

Bordas Fora: Mostra de Cinema de Bordas em Juiz de Fora

De 27 a 29 de maio de 2009, a Universidade Federal de Juiz de Fora organiza no Museu de Arte Murilo Mendes (Rua Benjamin Constant 790, Centro), por meio de sua Pró-Reitoria de Cultura e do Instituto de Artes e Design, o evento Bordas Fora, o qual compreende uma mostra de “Cinema de Bordas” e duas mesas-redondas com integrantes do grupo de pesquisa Formas e Imagens na Comunicação Contemporânea - conhecido como o “Grupo das Bordas”.

O Bordas Fora traz para o MAMM filmes e vídeos exibidos nas mostras Nas Bordas do Cinema Brasileiro, realizada na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo, entre os dias 27 e 30 de maio de 2008, e Cinema de Bordas, oferecida pelo Instituto Itaú Cultural, em São Paulo, de 22 a 26 de abril deste ano. O público juizforano terá a oportunidade de conhecer o trabalho de realizadores novos ou veteranos espalhados por todo o Brasil, guiados como zumbis por um desejo incontrolável de fazer cinema, ainda que com equipamentos precários, baixo orçamento e atores não-profissionais. São nomes como Francisco Caldas de Abreu Jr, Felipe Guerra, Joel Caetano, Tiago Belotti, Manoel Loreno, Dimitri Kozma, Leandro Vieira, Rodrigo Brandão, C. Perina C., Manoel Freitas, Junior Castro e Adilamar Halley Seja mineiro, paulista, gaúcho, paranaense, catarinense, capixaba, brasiliense ou manauara, todo cineasta “de bordas” exerce, cada um a sua maneira, a arte de um “cinema de guerrilha”.

“Cinema de Bordas” é um conceito criado pela professora e pesquisadora Bernadette Lyra, coordenadora do Mestrado em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (UAM), em São Paulo. Diz respeito a uma produção audiovisual “subterrânea”, paralela, quase sempre marginalizada, muitas vezes trash. Bernadette lidera o grupo de pesquisa Formas e Imagens na Comunicação Contemporânea, que reúne pesquisadores de diversas regiões do Brasil, dedicados ao mapeamento crítico dessa produção audiovisual circulante à margem dos circuitos e aparelhos de distribuição/exibição institucionalizados. Esse trabalho permite contato com aplicações de linguagem e de tecnologia muito interessantes no que tange a uma paracinematografia nacional, e já rendeu dois livros lançados pela editora A Lápis, bem como artigos em periódicos científicos, mostras de cinema e vídeo e participações em congressos nacionais e internacionais. Integram o grupo de pesquisa os professores Gelson Santana (UAM), Laura Cánepa (UAM), Rogério Ferraraz (UAM), Rosana Soares (USP), Zuleika Bueno (Universidade Estadual de Maringá), Lúcio Reis (Faculdade de Educação e Estudos Sociais de Lambari) e Alfredo Suppia (IAD-UFJF).

PROGRAMAÇÃO BORDAS FORA: CINEMA DE BORDAS EM JUIZ DE FORA

27/5 quarta-feira

19h Abertura
Apresentação do evento, exibição dos filmes:
A Dama da Lagoa (dir.: Francisco Caldas de Abreu Jr., 1997, VHS, Pedralva/MG, 20min.)
Era dos mortos (dir.: Rodrigo Brandão, 2007, MiniDV, Santos Dumont/MG, 42min.)
Local: auditório do MAMM

20h30 Conversa com o diretor Rodrigo Brandão
Local: auditório do MAMM

28/5 quinta-feira

16h conversa com pesquisadores no bosque do IAD
Local: IAD – UFJF

17h30 sessão “Toma que o Filho é Teu”
O Incrivelmente Estranho Ataque do Super-Homem com Cérebro de Bolha Assassina que Veio do Espaço Sideral (dir: Leandro Vieira, 1998, VHS, Rio Grande/RS, 16min.)
Outra Meta (dir. C. Perina C., 1975, Super-8, Campinas/SP, 10 min.)
Horror Capiau (dir.: Dimitri Kozma, 2007, MiniDV, São Paulo/SP, 9min.)
Mistério na Colônia (dir. Felipe M. Guerra, 2007, VHS, Carlos Barbosa/RS, 13 min.)
Local: IAD - UFJF

18h30 mesa-redonda Cinema de Bordas
Participantes: Profa. Dra. Bernadette Lyra (UAM) e Prof. Dr. Gelson Santana (UAM)
Mediação: Prof. Dr. Alfredo Suppia (IAD – UFJF)
Local: auditório do IAD - UFJF

20h30 exibição de filme
Rambú III: O rapto do Jaraquí Dourado (dir.: Manoel Freitas, Junior Castro e Adilamar Halley, 2007, VHS, Manaus/AM, 32min.)
Local: auditório do IAD - UFJF

29/5 sexta-feira

16h exibição de longa
A Capital dos Mortos (dir.: Tiago Belotti, 2008, MiniDV, Brasília/DF, 87min.)
Local: auditório do MAMM

18h sessão “Gritos e Sussurros”
Minha Esposa é um Zumbi (dir.: Joel Caetano, 2006, MiniDV, São Paulo/SP, 24min.)
Loreno contra o Espantalho Assassino (dir.: Manoel Loreno, 1989, VHS, Mantenópolis/ES, 60min.)
Local: auditório do MAMM

19h30 mesa-redonda Cinema de Horror
Participantes: Profa. Dra. Laura Cánepa (UAM), Prof. Dr. Rogério Ferraraz (UAM), Prof. Lúcio Reis (Faculdade de Educação e Estudos Sociais de Lambari)
Mediação: Prof. Dr. Alfredo Suppia (IAD – UFJF)
Local: auditório do MAMM

Filmes:
1. A Dama da Lagoa (dir.: Francisco Caldas de Abreu Jr., 1997, VHS, Pedralva/MG, 20min.)
2. Era dos mortos (dir.: Rodrigo Brandão, 2007, MiniDV, Santos Dumont/MG, 42min.)
3. O Incrivelmente Estranho Ataque do Super-Homem com Cérebro de Bolha Assassina que Veio do Espaço Sideral (dir: Leandro Vieira, 1998, VHS, Rio Grande/RS, 16min.)
4. Loreno contra o Espantalho Assassino (dir.: Manoel Loreno, 1989, VHS, Mantenópolis/ES, 60min.)
5. Outra Meta (dir. C. Perina C., 1975, Super-8, Campinas/SP, 10 min.)
6. Horror Capiau (dir.: Dimitri Kozma, 2007, MiniDV, São Paulo/SP, 9min.)
7. Minha Esposa é um Zumbi (dir.: Joel Caetano, 2006, MiniDV, São Paulo/SP, 24min.)
8. Mistério na Colônia (dir. Felipe M. Guerra, 2007, VHS, Carlos Barbosa/RS, 13 min.
9. A Capital dos Mortos (dir.: Tiago Belotti, 2008, MiniDV, Brasília/DF, 87min.)
10. Rambú III: O rapto do Jaraquí Dourado (dir.: Manoel Freitas, Junior Castro e Adilamar Halley, 2007, VHS, Manaus/AM, 32min.)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

4º FESTIVAL CURTA FANTÁSTICO (CINEFANTASY)

Release

ABERTURA DE INSCRIÇÕES DO 4º FESTIVAL CURTA FANTÁSTICO (CINEFANTASY)

“Quem sonha de dia tem consciência de muitas coisas
que escapam a quem sonha só de noite.”

Edgard Allan Poe

O cinema é conhecido como a fábrica de sonhos, uma máquina que produz todo o extraordinário da mente humana e o transporta para a realidade quase palpável das grandes telas. Mas esse portal entre o mundo da imaginação e o da realidade só encontra sua plenitude no gênero fantástico, onde criaturas mágicas e mundos distantes se materializam diante dos olhos do público.

Para exaltar esse segmento do cinema acontece em novembro, na cidade de São Paulo, o Festival Curta Fantástico (Cinefantasy), o único festival do mundo dedicado aos curtas-metragens fantásticos, ou seja, de horror, ficção científica e fantasia. Em 2008, o Festival Curta Fantástico aconteceu em seis espaços (CCBB, CCSP, bibliotecas Viriato Correa e Roberto Santos, Casa das Rosas e Cinefavela Heliópolis), exibiu mais de 160 filmes dentre brasileiros e estrangeiros e contou com a presença de nomes como Rodrigo Aragão do novo cult nacional “Mangue Negro”, o escritor do universo vampiresco, André Vianco e o premiado animador inglês Robert Morgan do belo curta “Cat with Hands”.

O Festival Curta Fantástico é um evento internacional que em 2009 terá sua 4ª edição contando com Mostra Competitiva de curtas-metragens, sessões especiais com longas e curtas, sessões exclusivas, encontros com diretores, convidados nacionais e internacionais, eventos, palestras, workshops e oficinas.

De 11 de Maio a 04 de Setembro estão abertas as inscrições para a mostra competitiva do 4º Festival Curta Fantástico. O filme deve ter no máximo até 20 minutos de duração e ser obrigatoriamente fantástico. O que é fantástico? Histórias que possuam elementos sobrenaturais, ou seja, que não são reais. Podem ser filmes de horror, ficção científica ou fantasia, amadores ou profissionais, animação ou ficção.

A Mostra Competitiva terá 12 categorias de premiação:
1. Melhor Curta de Horror
2. Melhor Curta de Ficção Científica
3. Melhor Curta de Fantasia
4. Melhor Curta pelo Júri Popular
5. Prêmio Estímulo Estudante
6. Prêmio Estímulo Amador
7. Melhor Direção
8. Melhor Criatura
9. Melhor Maquiagem
10. Melhor Efeito
11. Melhor Trilha Sonora
12. Melhor Roteiro

No mesmo período de 18/05 a 04/09 estão abertas também as inscrições de outra competição do Festival Curta Fantástico, essa um pouco mais tenebrosa. O Desafio Mestre dos Gritos é uma novidade da quarta edição do festival, será uma única sessão onde o curta vencedor será aquele que der o maior susto na platéia. Para participar do Desafio Mestre dos Gritos o curta deve ter no máximo 05 minutos de duração e claro, ser muito assustador.
O Festival Curta Fantástico será de 06 a 15 de novembro no Centro Cultural São Paulo e Centro Cultural Banco do Brasil.

Mais informações, ficha de inscrição e regulamento no site www.curtafantastico.com.br Contato: contato@curtafantastico.com.br

Resumo Informações:

4º Festival Curta Fantástico (Cinefantasy) – Festival Internacional especializado em Cinema Fantástico , ou seja, filmes de horror, ficção-científica e fantasia.
Onde: São Paulo/SP
Quando: 06 a 15 de Novembro
Local: Centro Cultural São Paulo e Centro Cultural Banco do Brasil
Inscrições para a Mostra Competitiva e Desafio Mestre dos Gritos: 18 de Maio a 04 de Setembro.

contato para Imprensa

Organizadores:
Fly Cow Produções Culturais – (11) 4153.3074 – contato@curtafantastico.com.br
Vivi Amaral – (11) 8754.9383 – viviamaral@flycow.com.br
Eduardo Santana – (11) 8111.5255 – eduardo@flycow.com.br

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Laboratório de Estudos em Ficção Científica Audiovisual

1 . Justificativa/Caracterização do Problema
Os estudos de cinema no Brasil estão em franca expansão, paralelamente ao crescimento da demanda por formação na área do audiovisual. O advento do cinema digital e o aumento da demanda por profissionais altamente qualificados no mercado de produção audiovisual, no Brasil e no exterior, influiu diretamente na crítica e na teoria do cinema produzida nos últimos anos. A popularização da tecnologia digital resultou em maior acessibilidade ao meio de expressão audiovisual e levantou uma série de questionamentos nos campos da crítica e dos estudos de cinema, conforme se verifica na obra recente de autores como brasileiros como Fernão Ramos (1998, 2001, 2005) e Arlindo Machado (1994, 1997) e André Parente (1993, 1994), ou estrangeiros como Philippe Dubois (2004), Lev Manovich (2001, 2005) e outros. Por outro lado, diferente de EUA ou Europa, pesquisas focadas na área de interseção entre cinema, arte e tecnologia ainda não atingiram maturidade, especialmente fora do eixo Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo fundamental deste projeto é viabilizar a formação de um grupo de pesquisa, organizado em torno de um laboratório de experimentação audiovisual, voltado para investigações acerca da zona de entroncamento cinema-ciência-tecnologia, manifesta tanto em termos formais e de suporte (analógico, digital, misto, etc., e implicações da tecnologia no estilo ou regime narrativo) quanto de conteúdo (análise da temática e problemática abordada pelo cinema mais atento às transformações científicas e tecnológicas). Nesse sentido, pesquisadores de diversas áreas (Artes, Comunicação, Ciências Exatas, Ciências Biológicas, etc.) devem ser reunidos em um interesse comum: reflexões sobre a zona de convergência por onde trafegam o cinema, ciências e tecnologia, com ênfase num gênero audiovisual especialmente propício a esse fenômeno: a ficção científica.
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A ficção científica é hoje um gênero multimidiático, com manifestações que extrapolam o campo literário, invadindo os territórios do cinema e audiovisual, música, teatro e games. Sua origem mais moderna está nas obras de autores como Mary Shelley, Jules Verne e H. G. Wells. Sua consolidação enquanto gênero se deu com a proliferação da pulp fiction nos EUA. O chamado boom de filmes de ficção científica dos anos 1950 contribui decisivamente para a popularização do gênero (BAXTER, 1970). A New Hollywood do final dos anos 1970 coloca o cinema de ficção científica definitivamente na primeira linha dos grandes estúdios e entre os maiores sucessos de bilheteria lançados ano a ano. Atualmente, o imaginário ou iconografia de ficção científica está presente não só na literatura ou em produtos de mídia da indústria cultural, mas também na moda e no comportamento, perpassando diversos setores da cultura e cotidiano. Com tudo isso, já há algum tempo o estudo da ficção científica tem se revelado ferramenta esclarecedora para se compreender e analisar o mundo contemporâneo (FIKER, 1985).

Cumpre notar também que o presente projeto visa contribuir significativamente para a densidade da bibliografia nacional em português voltada para os estudos de cinema, ciência e tecnologia em diálogo.

O presente projeto compreenderá duas linhas de pesquisa fundamentais:
1) Máquina-forma. Nesta linha são concentradas as pesquisas e experimentos relativos a aspectos formais da obra audiovisual (ritmo, edição, duração de planos, efeitos visuais e sonoros, etc.) ou de suporte (digital, analógico, misto, híbrido, etc.).
2) Máquina-imaginário. Nesta segunda linha encaixa-se a pesquisa sobre implicações/repercussões éticas e/ou estéticas da ficção científica no cinema internacional, visando a conformação de um corpus teórico especificamente voltado para o gênero no audiovisual.


2 . Objetivos
1) Promover a produção e troca de conhecimento sobre as múltiplas relações entre cinema, arte e tecnologia, contribuindo para o intercâmbio de informações entre pesquisadores e artistas no Brasil e no mundo;
2) Estabelecer um núcleo de pesquisas inédito no país, voltado para a articulação entre o cinema, a ciência e a tecnologia, com escopo que abrange desde aspectos formais/tecnológicos da obra audiovisual, até manifestações de gênero como a ficção científica;
3) Criar vínculos de colaboração com centros de pesquisa dentro e fora do pais (ex.: Center for Latin American Studies, Univ. of Florida, Centre for World Cinemas, Univ. of Leeds);
4) Desenvolver novas metodologias de pesquisa sobre suportes, formas e manifestações de gênero/ (ou manifestações discursivas) no audiovisual;
5) Criar e consolidar um laboratório de experimentação em audiovisual inédito na região;
6) Criar dois sites de divulgação, um para cada linha de pesquisa do projeto (formas e suportes e máquina-imaginário);
7) Estreitar relações de produção acadêmica entre graduação e pós-graduacão na UFJF, integrando o Inst. de Artes e Design à Faculdade de Comunicação e ao Depto. de Ciências da Computação, por exemplo.

3 . Metodologia e Estratégias de Ação
Os objetivos pretendidos serão atingidos por meio da colaboração/cooperação constante entre pesquisadores de diversas áreas, desenvolvendo trabalhos sob perspectiva híbrida (ex.: cinema e física, cinema e biologia). O engajamento de grupos em torno da redação de artigos e papers, da realização experimental em cinema e vídeo e de simpósios e workshops levará naturalmente ao cumprimento dos objetivos.

4 . Resultados e os impactos esperadosNo âmbito do impacto e da produção estão previstos publicações em periódicos científicos nacionais Qualis A como Galáxia, Devires, Quarto Escuro, Ipotesi e Manuscrito, e internacionais como Science Fiction Studies (EUA), Extrapolation (EUA), Film International (RU), Senses of Cinema (AUS) e Science Fiction Film and Television (Univ. of Liverpool, RU). Também estão previstos simpósios, workshops e palestras com convidados internacionais, bem como a organização de um mini-laboratório de experimentação multimídia e a publicação de um site de divulgação. Os workshops serão prioritariamente voltados para treinamento e capacitação de discentes no campo da produção e experimentação em cinema e vídeo digital. Os resultados das pesquisas também serão divulgados sob forma de papers em conferências nacionais e internacionais como o Encontro Anual da SOCINE (Sociedade Brasileira para os Estudos de Cinema e Audiovisual), ABRALIC (Associação Brasileira de Literatura Comparada), COMPÓS, Conferência Anual da Science Fiction Research Association, Film History Association of Australia and New Zealand (FHAANZ) e eventos científicos organizados pelo Centre for World Cinemas da Universidade de Leeds (RU) e pelo Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade da Flórida (EUA), além do Festival Utopiales (França).